CLAUDIO PINTO
CLAUDIO PINTO
Enófilo, sommelier (ABS) e consultor especializado na área de vinhos e bebidas alcoólicas. Atua no ramo há mais de 30 anos, com passagens por empresas renomadas como Duty Free e Zona Sul Supermercados, além de ministrar aulas de enologia na Faculdade de Gastronomia da Candido Mendes e prestar consultoria para pessoas físicas e jurídicas ligadas ao varejo de vinhos. - Emporio di Bacco Av. Conselheiro Julius Arp 250, Centro Comercial Le Parc, Centro, Nova Friburgo +55 22 99206 9670 @emporiodibacco www.emporiodibacco.com.br

Por: CLAUDIO PINTO

04/08/2024

12:00:25

O INVERNO E O VINHO

Brindemos a temporada mais esperada na Região Serrana, o inverno!
O INVERNO E O VINHO
Nesta época em que os dias são ensolarados, porém frescos, e as noites frias e estreladas, como não pensar em duas coisas: Vinho e Fogo. - No detalhe: Rosângela e Claudio Pinto - proprietários do Emporio di Bacco - Fotos: Êxito Rio

As estatísticas revelam que neste período o consumo de vinho aumenta mais de 3 vezes, e o consumo de massas, queijos e frios, sem falar nas delícias que praticamente são sazonais como a fondue e a raclette. 


Geralmente existe uma tendência à escolha de vinhos tintos e encorpados, o que de fato nos conforta mais pelo seu teor alcoólico elevado e também por virem acompanhados de comidas estruturadas e quentes. 


No inverno as reuniões perto da lareira, com uma mesa farta de pães, queijos, frios e embutidos, nos abrem um grande leque de opções na escolha dos vinhos para o momento. Por exemplo, para os queijos mais leves e de mofo branco, as pastinhas de ervas finas e boursins, um vinho branco fica ótimo. Para os queijos mais fortes e os salames e presuntos, um tinto de corpo moderado vai muito bem.


No caso da Fondue, se for de queijo o ideal é um vinho branco como um Chardonnay, um Riesling ou um Gewurztraminer. Se for de carne, tintos leves das uvas Gamay, Pinot Noir, Tempranillo ou Merlot são o par perfeito. 


Para as comidas mais estruturadas e gordurosas, os vinhos tintos encorpados são a pedida certa. Um bom vinho português da região do Douro, um italiano de guarda como um Barolo ou Brunello di Montalcino ou um Chateauneuf du Pape, costumam brilhar nas noites frias.


Não podemos esquecer dos espumantes, que embora sejam servidos à temperatura mais baixa, podem ser o toque de classe num fim de tarde com o pôr do sol na serra ou um grande abre alas da noite num jantar com amigos. Para ocasiões como estas, prefira um espumante brasileiro feito pelo método clássico ou um grande Champagne.


Por fim, vale dizer que os vinhos de colheita tardia; os vinhos fortificados como o Vinho do Porto e Madeira; e os "botritizados" como Sauternes (França) e Tokaj (Hungria); o Jerez Dulce (Sherry) da Espanha; o Passito di Pantelleria e o Recioto della Valpolicella (Itália); e os destilados de uva como o espanhol (Brandy de Jerez) e os franceses (Cognac e Armagnac), devem estar presente em todo final de uma boa mesa e, se possível, perto da lareira.  


Brindemos o Inverno!

 

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